domingo, 11 de novembro de 2012

JESUS VOCACIONADO DO PAI

 
Tu és meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição“ (Mc 1,11). O batismo cristão, tem raízes no batismo de Jesus. Todo aquele que, como Jesus, é submergido nas águas batismais, é também chamado de “filho amado”, ungido pelo Espírito e enviado a cumprir atos de justiça. O batismo de Jesus revela a existência de três elementos que são fundamentais para o batismo cristão. Primeiro, a sua própria vinda, de Nazaré ao Jordão, é um sinal do seu chamado a salvar a humanidade: “Jesus veio...”, livremente. Em segundo lugar, a voz vinda do alto - sinal de que Deus volta a falar - indica sua divindade e identidade vocacional: Jesus é o Filho Amado de Deus. Por fim, o terceiro elemento é sinal da sua autoridade: “nele está a minha afeição”, porque executará o plano de Deus.

O batismo faz de Jesus o vocacionado por excelência do Pai. E doravante vai ser, viver e agir com aquilo que lhe é próprio, como Filho de Deus e Salvador. Nele a humanidade é chamada à santidade e a assumir uma missão. Como o batismo de Jesus no Jordão, representou o início da sua missão profética, assim o batismo cristão é a fonte e a origem de todas as vocações.

O cristão, pelo batismo, é vocacionado, chamado pelo Pai a ser ouvinte da Palavra. Adotado como filho bem amado e justificado dos seus pecados, é incorporado a Jesus Cristo. Ungido pelo Espírito para a missão é inserido na Igreja. No batismo, a mesma voz que um dia foi ouvida, declarando Jesus Filho amado, é ouvida por nós. O mesmo Espírito que o ungiu e o enviou em missão, nos unge e nos consagra para termos uma vida nova. A missão de Jesus dá sentido, acompanha e impulsiona o envio missionário do cristão ao mundo.


MARIA, A AGITADA

Nos Evangelhos não encontramos somente duplas de irmãos como os apóstolos Pedro e André, Tiago e João. Há também, uma dupla famosa de irmãs: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, o amigo de Jesus. A casa de Betânia era a casa da amizade, onde o ambiente devia ser gostoso e aconchegante. Devia ser quase um refúgio para Jesus. Longe das ameaças dos poderosos e das armadilhas dos doutores da Lei, Jesus podia descansar, viver a experiência tão humana e gratificante de sentir-se em casa. Ele que não tinha de próprio nem onde reclinar cabeça, sentia-se bem na casa de Marta, Maria e Lázaro.

Sem dúvida, lá, Jesus devia poder falar baixo, sem gritar, como se faz em casa, ao pé do ouvido. Não tinha as multidões; tinha somente amigos, os poucos íntimos. Devia reinar uma paz muito grande, junto com a alegria contagiante de poder ouvir Jesus tão de perto. Mas não era bem assim, nem todas as pessoas entendiam e entendem.

Marta fica agitada com a visita de Jesus. Fica preocupada. Não se conforma com a atitude de Maria: sentada aos pés de Jesus, só ouvindo. "Mas onde já se viu isto?" Deve ter pensado a superatarefada Marta. Bem educada, não reclama diretamente com Maria na frente de todos, chamando-a de folgada. Prefere que seja o próprio Mestre Jesus a decidir se Maria, uma mulher, podia ficar ali sentada, como se fosse um dos discípulos, quando ela, Marta, não agüentava mais de tanto serviço. A dona da casa não queria passar vergonha com a refeição.


Jesus aceita a provocação e responde com palavras que não ofendam a preocupada Marta, mas, ao mesmo tempo, reconheçam que Maria escolheu "a parte melhor" prestando atenção às palavras d’Ele. Porque "uma só coisa é necessária", diz Jesus.


Parece tão fácil: a contemplação, a oração, o silêncio atencioso, são a parte melhor. Porém continuam privilégio de poucos. E, olha lá, se esses também já não foram chamados, com menos delicadeza de Marta, de acomodados, preguiçosos, fujões, alienados, descompromissados... Em um mundo cheio de problemas, não dá mesmo para ficar parado. A resposta é a ação. Uma ação urgente. "Faça alguma coisa JÁ" é o que os pregadores inflamados de todas as causas justas e improrrogáveis do planeta, gritam aos nossos olhos e aos nossos ouvidos, dia e noite.


Talvez fosse mais simples se nos convencêssemos de que a agitação depende de nós. A nossa agitação começa por dentro, não vem de fora. Precisamos nos questionar, nos agitar saudavelmente pelos questionamentos profundos da nossa vida.


Às inquietações interiores, espirituais, aos questionamentos sobre o sentido da nossa vida não se responde com outras agitações, mas com o silêncio, a reflexão, a oração. Também a ação, que necessariamente virá, será bem pensada, bem motivada, surgirá por uma decisão consciente do coração e não pela superficialidade de uma emoção evanescente.


Por isso acredito, tranqüilamente, que Maria também estava agitada, mas com outro tipo de preocupação que não era a dos afazeres da casa. Maria tinha uma fome e uma sede daquelas que não se satisfazem com os cardápios humanos. Nem com faixas, gritos e palavras de ordem. Nesse sentido ela escolheu a fonte melhor para satisfazer a sua fome e a sua sede de sentido da vida: o próprio Jesus. E nós que corremos tanto, seria melhor se parássemos um pouco, aos pés do Mestre, claro.


FORTALECIDOS PELA EUCARISTIA
Quando chegou o momento de Sua partida para a eternidade, Cristo, em Sua bondade infinita, nos ofereceu o melhor presente que poderia nos dar: instituiu durante a Santa Ceia,a Sagrada Eucaristia, presença real d’Ele em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi a maneira concreta que o Senhor Jesus escolheu para permanecer junto do povo d’Ele, que, heroicamente, Ele salvou e redimiu.

Realizando a obra mais linda que poderia realizar por nós, disse: "Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória" (Lucas 22:19b). De forma que, todo aquele que come ou bebe do cálice do Senhor, pense bem antes de recebê-los, pois se o fizer indignamente – como o próprio Senhor nos adverte –, estará tomando a sua própria condenação (1 Cor 11,29). Por isso, o Senhor quer recobrar e reavivar a nossa fé na existência real d’Ele na Eucaristia. "Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede" (João 6:32-35). "Quem come minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (João 6, 56-57).

ORAÇÃO: "Senhor, eu proclamo a minha fé na Sua presença real na Eucaristia. Eu creio que a hóstia (o pão) e o vinho consagrados são teu Corpo e Sangue, Alma e Divindade. É o Senhor mesmo, vivo e ressuscitado presente na Eucaristia. Creio, Senhor, mas aumente a minha fé". Derrame seu Espírito Santo, Senhor, sobre todos os que não crêem, para que tenham a graça e a felicidade de O reconhecerem no Pão e poderem recebe-l’O em seus corações.


RESPOSTA DE JESUS


Filho meu que estás na Terra, preocupado, confundido, desorientado, solitário, triste, angustiado...

Eu conheço perfeitamente teu nome e o pronuncio abençoando-te porque te amo.

Não!.. Não estás sozinho, porque eu habito em ti; juntos construiremos este Reino, do qual serás meu herdeiro.

Desejo que sempre faças minha vontade, porque minha vontade é que sejas feliz.

Deves saber que contas sempre comigo, porque nunca te abandonarei e que terás o pão para hoje.

Não te preocupes. Só te peço que sempre o compartilhes com teu próximo... com teus irmãos.

Deves saber que sempre perdôo todas tuas ofensas, por isso te peço que faças o mesmo com os que te ofendem.

Desejo que nunca caias em tentação, por isso segure bem forte a minha mão e sempre confie em mim e eu te libertarei do mal.

Nunca te esqueças que TE AMO desde o início de teus dias e te amarei até o fim.

EU TE AMAREI SEMPRE.

Que minha Benção fique contigo e que meu eterno Amor e Paz te cubram sempre, porque no mundo não poderá obtê-las como Eu somente as dou porque...

EU SOU O AMOR E A PAZ!

CATEQUESE VOCAÇÃO E O JOVEM

www.mscs.org.br
CONGREGAÇÃO IRMÃS MISSIONÁRIAS DE SÃO CARLOS BORROMEO SCALABRINIANAS - FUNDADOR BEATO DOM JOÃO BATISTA SCALABRINI

O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem a sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças.
Eis alguns ensinamentos do Documento de Aparecida sobre os consagrados:” A vida consagrada é um dom do Pai, por rmeio do Espírito, à sua Igreja. É um caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com o coração indiviso e colocar-se, como Ele, a serviço de Deus e da humanidade, assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: vida virginal, pobre e obediente” (Nº 216). Falando do valor do testemunho da vida contemplativa, continua Aparecida: “De maneira especial, a América Latina e o Caribe necessitam da vida contemplativa, testemunha de que somente Deus basta para preencher a vida de sentido e de alegria. “Em um mundo que continua perdendo o sentido do divino, diante da supervalorização do material, vocês queridas religiosas, comprometidas desde seus claustros a serem testemunhas dos valores pelos quais vivem, sejam testemunhas do Senhor para o mundo de hoje, infundam com sua oração um novo sopro de vida na Igreja e no homem atual”(Nº 221 e Discurso de João Paulo II às Relegiosas de Clausura ,México, 30/01/1979).
O Papa Bento XVI, no Discurso de Abertura da V Conferência, em Aparecida, referindo-se aos jovens e à pastoral vocacional, expressou: “Na América Latina a maioria da população está formada por jovens. A este respeito, devemos recordar-lhes que sua vocação é ser amigos de Cristo, discípulos, sentinelas do amanhã, como costumava dizer o meu predecessor João Paulo II. Os jovens não temem o sacrifício, mas, sim, uma vida sem sentido. São sensíveis à chamada de Cristo que os convida a segui-lo. Podem responder a essa chamada como sacerdotes, como consagrados e consagradas, ou ainda como pais e mães de família, dedicados totalmente a servir aos seus irmãos com todo o seu tempo, sua capacidade de entrega e com a vida inteira. Os jovens encaram a existência como constante descoberta, não se limitando às modas e tendências comuns, indo mais além com uma curiosidade radical acerca do sentido da vida, e de Deus Pai-Criador e Deus-Filho Redentor no seio da família humana. Eles devem se comprometer por uma constante renovação do mundo á luz de Deus. Mais ainda: cabe-lhes a tarefa de opor-se às fáceis ilusões da felicidade imediata e dos paraísos enganosos da droga, do prazer, do álcool, junto com todas as formas de violência”(D.I,5).
Que, cada vez mais, os religiosos, as religiosas e consagrados sejam para o mundo testemunhas de que existe outra forma de viver com sentido. Rezemos para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização. E que muitos jovens descubram que vale a pena dar a vida Àquele que por primeiro deu a Sua vida por nós, Cristo Jesus.