quarta-feira, 19 de setembro de 2012

JESUS ESPERA POR TI SEGUIR JESUS

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E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.
Lucas 9.23,24
Morra para si mesmo, morra para seus planos e sonhos e, viva para os planos e sonhos de Deus.
Decida seguir a Jesus e servi-lo. Se renda a Ele.
Deus te abençoe!

SEGUIR JESUS

Jesus ia pelo caminho das aldeias, rodeado de pessoas, como de costume, quando um jovem apressadamente se ajoelha diante dEle: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Mc 10:17.  Esta poderia ser a forma perfeita de culto: Prostra-se diante do Mestre, indagando-O sobre a vida eterna, chamando-O de bom. Um homem rico, bem trajado, sujando as vestes na terra e humilhando-se diante de muitas pessoas, quem não o julgaria santo?  Respondeu Jesus: “Tu sabes o mandamento: Não adulterarás; não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás alguém, honra teu pai e tua mãe” 10:19
E o jovem como querendo se justificar replica: "Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade!"10:20.   As pessoas presentes, devem ter se impressionado com o jovem. Ele era mais digno que todos os demais que estavam ali em busca do perdão dos pecados.  Ele não tinha pecados!  Mas o Reino dos céus não vem com aparência exterior Lc 17:20. Jesus conhecia o “ponto fraco” do rapaz, e falou-lhe o que precisava ouvir e não o que queria ouvir:“Vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a tua cruz e segue-me. Mas ele pesaroso desta palavra, retirou-se triste porque possuía muitas propriedades” Mc 10:21-22.


Aquele homem era idolatra, avareza era seu mal, dinheiro seu deus. Ele preferiu seguir sem Jesus, a abrir mão de tudo. E o que mais mexe comigo, nesta narrativa é o verso: “E Jesus, olhando para ele o amou”Mc 10:21. Apesar de toda miséria, rebeldia, e impureza que havia naquela vida: Jesus amava. Muitas vezes não conseguimos distinguir entre pecador e pecado e passamos a abominar as pessoas em virtude do que fazem, ou deixam de fazer. Tudo porque falta-nos amor, este dom precioso que capacita o coração a ir além das aparências, acolher as virtudes e transformar os vícios.

E quando o jovem sai de cena, ficam só Jesus e os discípulos. O clima era de velório, porque a perfeição do amor de Jesus, não foi capaz de alcançar aquela vida aprisionada ao mundo. O coração do jovem estava endurecido, impenetrável: “Então Jesus olhando em redor, disse aos discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que possuem riquezas” Mc 10:23 e os que se deixam possuir por elas. Ser rico, não era o problema, mas sim ser avarento (I Tm 6:10)


Outro aspecto que me chama atenção é que na ausência do jovem, Jesus ali mesmo, diz aos discípulos: “Em verdade vos digo que ninguém haja que tenha deixado tudo, por amor de mim e do Evangelho, que não receba cem vezes mais, já neste tempo e no século futuro a vida eterna.” Mc 10:29, 30. Jesus não fala isto para o jovem! Ele não diz: Vem, segue-me, renuncia a tudo que tens e serás milionário e salvo! Jesus não apresentou as facilidades, mas a cruz! “A melhor parte” da história não foi revelada ao jovem, mas ele descobriria se decidisse seguir Jesus. Sim, os que aceitam a cruz, recebem as dádivas. Esta é a ordem do Reino (Mt 6:33).


O grave problema do cristianismo hoje é apresentar o inverso: Vem para Cristo e receberás riquezas, ou dê-me as riquezas e receberás o Reino. Não! Jesus disse: Vem, toma a tua cruz e segue-me. Mc 10: 21.


A Insuficiência das Obras Para a Salvação Ef 2:8


O jovem que foi ao encontro de Jesus, era um religioso. Ele seguia “mandamento sobre mandamento, regra sobre regra” Is 28:13 a fim de sentir-se salvo, mas era infeliz. Algo estava errado, e tinha a ver com seu orgulho. Ele precisava entregar o coração, Jesus não invade esse terreno, Ele aceita alegremente o convite de habitar nele: “Dá-me filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos” PV 23:26. O jovem não entregou o coração e errou o caminho do céu. Ele encontrou Jesus no caminho, mas ignorou a grandeza do encontro.

Que Deus nos ajude a estarmos prostrados diante dEle em temor e tremor, em plena certeza de que Sua presença é o bem mais precioso, o único e imutável tesouro. Que em nossos corações não haja reservas, pecados não confessados, mas que haja entrega, gratidão: “Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós...E o senhor te guiará continuamente , como um manancial cujas águas nunca faltam” Is 55:12 e 58:11. Ter um encontro real com Jesus produz alegria, gozo e não pesar como aconteceu com o jovem rico ao partir. Mc 10:21. O problema, é que ele escolheu partir sem Cristo.


Ao tempo em que o encontro do jovem com Jesus nos apresenta a necessidade de renunciar ao mundo, também aponta para a fragilidade das obras como mérito salvítico. E ainda, traz á tona um erro tão freqüente em nossos dias, mais conhecido como “evangelho da prosperidade”. Se aquele jovem adentrasse em certas igrejas do mundo moderno, sairia “feliz” por encontrar uma porta bem larga recepcionando-o como filho do reino, por cumprir à risca a lei e ter muitos recursos para ofertar. Promessas de bênçãos “choveriam” sobre sua cabeça.


A história deste jovem é semelhante a tantas outras que encontram nas riquezas a motivação para a vida. Mãos cheias e corações vazios. Ganhando o mundo e perdendo a alma: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" Lucas 12:20.


Como encontrar Jesus e não se deixar tocar por Ele? Jesus é o Senhor dos corações, no âmago da alma é o lugar que Ele almeja chegar. Somente esse “mergulho” do natural no sobrenatural, do velho para o novo, do exterior para o interior é capaz de produzir nova vida. Jesus, não invade corações, mas gentil e amorosamente aceita o convite para nele morar. E quando Ele chega é como a Luz, dissipando as trevas, o calor, aquecendo o gelo, o machado despedaçando a rigidez. Aquele jovem, não se deixou tocar, formou barreira, rejeitou a mais perfeita forma de amor. O jovem era um amante das “riquezas” e agarrava-se a elas como o bem mais precioso


“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte”. Ap 12:11.

Somente em Cristo Jesus reside a Salvação, somente através do Seu sangue é possível vencer o mundo. Que essa triste história, de final infeliz, nos conduza a uma profunda reflexão sobre a vida e a morte. Que em nossos corações reine a alegria do encontro com Jesus. Ele é Rei, somos seus servos. Mas Ele nos fez herdeiros de uma viva esperança, maior e melhor que todos os tesouros terrenos. Ele nos ama, infinitamente mais que pensamos ou conhecemos. Ele quer inundar nosso coração de alegria e nos prosperar em todos os nossos caminhos. Mas, jamais podemos segui-Lo sem abraçar Sua cruz, porque foi nela que Ele nos acolheu.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

VOCAÇÃO DOS LEIGOS



Vocação dos leigos
§898 "É especifico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus... A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, as quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor."
§899 A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja.
Os fiéis leigos estio na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, especialmente eles devem ter uma consciência sempre mais clara não somente de pertencerem à Igreja, mas de serem Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja.
§900 Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito.
§2442 Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos "animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça".

CONSELHOS EVANGÉLICOS

Os conselhos evangélicos manifestam a plenitude viva da caridade que jamais se mostra satisfeita, por não poder dar mais. Atestam seu dinamismo e solicitam nossa prontidão espiritual. A perfeição da Nova Lei consiste essencialmente preceitos do amor a Deus e ao próximo. Os conselhos indicam caminhos mais diretos, meios mais fáceis, e devem ser praticados conforme a vocação de cada um:
(Deus) não quer que cada pessoa observe todos os conselhos mas apenas aqueles que são convenientes, conforme a diversidade das pessoas, dos tempos, das ocasiões e das forças, com o exige a caridade; pois ela, como a rainha de todas as virtudes, de todos os mandamentos, de todos os conselhos, em suma, de todas as leis e de todas as ações cristãs, a todos e todas dá seu grau, sua ordem, o tempo e o valor.

JOVEM E A TEOLOGIA

Vocação é o chamado de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana.
• É um gesto grandioso de Deus que visa a plena humanização do homem.
• É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando a construção do Reino de Deus.
• É um chamado para fazer algo, para cumprir uma missão.
• Toda pessoa é vocacionada, é eleita por Deus.
• Deus elege por causa de alguém (comunidade) e esta eleição se manifesta no nosso dia-a-dia.

A mensagem do Evangelho é um convite continuo a seguir Jesus Cristo. Vem e segue-me(Mt 9,9; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8,12).
VEM – CHAMADO: é um convite pessoal dirigido por Deus a uma pessoa.
SEGUE-ME – MISSÃO: é o seguimento da prática de Jesus.

É uma iniciativa gratuita, proposta, que parte de Deus(dimensão teológica). Impulso interior de cada pessoa onde conscientemente responde ao plano de amor de Deus (dimensão antropológica).
2- Distinção
Para compreendermos em profundidade o significado da vocação, precisamos fazer a distinção entre: VOCAÇÃO FUNDAMENTAL E VOCAÇÃO ESPECÍFICA.
a) – Vocação Fundamental: Entendemos por vocação fundamental, o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser Cristão, a ser Igreja. A tomar consciência de que todos somos irmãos e fazemos parte do Reino de Deus.
Pela revelação sabemos que todos os homens foram chamados por Deus à santidade (Gn 1,26; 2,7; 1Pe 1, 15-16). É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. Todas as vocações específicas derivam desta vocação fundamental.

Pelo Batismo, todos fomos chamados a viver a Santidade.
A Pastoral Vocacional deveria ser a Pastoral da Vocação Fundamental, sob a qual é possível descobrir a Vocação Específica.
b) – Vocação Específica: Entendemos por vocação específica a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso.
Deus chama a cada um, chama pessoalmente e chama para desempenhar um papel concreto dentro da comunidade, de acordo com os seus dons – carismas. O ministério dentro da comunidade é a estruturação de um carisma: sacerdócio, catequese, liturgia, ministro da Eucaristia, animador dos jovens… “A um o Espírito dá o dom da sabedoria, a outro o da ciência, a outro o da fé, o dom das curas, das profecias, do discernimento…” (1º Cor 12,8 ss) O Espírito suscita dentro da Comunidade – Igreja os ministérios que ela necessita.
O chamado surge dentro da comunidade, em função da comunidade e exige uma resposta concreta, generosa e heróica de todo cristão. O chamado não é um chamado ao egoísmo, para o fechamento, mas para a abertura, para a doação, para servir a comunidade.

As vocações específicas, são três: LAICAL, RELIGIOSA E SACERDOTAL.
1- Vocação Leiga : “ Os leigos são aqueles homens e mulheres que agindo à luz da fé e da Palavra de Deus, movidos pela caridade, procuram infundir em todas as realidades temporais, como a família, a cultura, a economia, as artes, as profissões, as instituições políticas, o espírito evangélico”. (Pe. José Lisboa).
O leigo vive no mundo para:
• Fazer presente o Deus Criador;
• Fazer de suas estruturas um mundo mais digno;
• Promover a Paz, a Justiça, a Fraternidade.
• Como casado, solteiro ou consagrado, ser sinal de Cristo.

2- Vocação religiosa : O Religioso é chamado a testemunhar a Cristo de uma maneira, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência.
Vivem:
• A total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos;
• A partilha dos bens;
• O amor sem exclusividades;
• A consagração a um carisma específico: educação, saúde, missões, pobres…
• Numa comunidade fraterna.

3- Vocação Sacerdotal : O Padre é por vocação ordenado para ser sinal sacramental da presença de Cristo. Age na pessoa de Cristo-Profeta, Sacerdote e Rei.
• É sinal sacramental de Cristo que convoca e envia a Igreja;
• Sua missão é animar a fé e presidir a comunidade;
• O Padre é Pastor;
• Ele celebra a presença de Deus (Sacramentos) na caminhada da comunidade.

c) – Como Deus Chama
Na luta do dia-a-dia, na leitura da própria história é que vamos percebendo os sinais do apelo de Deus e a necessidade de uma resposta concreta. Não podemos esquecer que a vocação é também um processo, uma historio de amor e dinamismo, um relacionamento profundo com Deus.
• – Deus chama a cada um pessoalmente e pelo nome. Uma experiência interior. Como chamou Abraão (Gen 12, 1-2), Moisés(Ex 3,1ss=, Jeremias(Jer 1,1ss), Maria (Lc 1,27ss), os Apóstolos (Mt 10, 10-16).
• – Deus nos chama pelos valores que nos atraem. Cada pessoa tem dons e talentos e vai descobrindo valores que aos poucos vão orientando a sua vida. A seleção cuidadosa desses valores levam-na a fazer uma opção. Esta opção é a resposta a um chamado.
• – Deus nos chama pela comunidade, pela Igreja que precisa. Toda vocação está em função do reino, portanto, Deus se serve de uma comunidade carente, para nos mostrar uma vocação.
• – Deus nos chama pelo irmão que sofre. É vendo o sofrimento do pobre, do marginalizado, do doente… que nos sentimos tocados para assumir uma missão.
• – Deus nos chama através de mediadores diretos, padres, religiosos(as), leigos, promotores vocacionais, que com uma palavra ou um testemunho de vida, nos ajudam num discernimento vocacional.

A vocação é um chamado à alegria. Deus em seu plano de amor respeita a liberdade humana. É necessário um coração simples orante, capaz de ouvir a proposta e aberto e generoso capaz de discernir e responder ao chamado de Deus.

FESTA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Na festa litúrgica da Assunção de Maria, modelo daqueles que dizem sim, celebramos o dia do Religioso e da Religiosa. São homens e mulheres que foram chamados por Deus para seguir Jesus Cristo numa dedicação total. Esta vocação é assumida na Igreja por pessoas que, imitando Jesus Cristo, se consagram a Deus através dos votos de pobreza, castidade e obediência. Estão ligados às muitas Congregações Religiosas, Ordens, Institutos e Sociedades de Vida-Apostólica. São Padres, Irmãos e Irmãs que testemunham com a própria vida o amor a Deus pela humanidade. São sinais visíveis de Jesus Cristo no meio do nosso povo.

O Senhor da messe continua fazendo sua proposta bonita  seus filhos e a suas filhas. É uma proposta de querer viver a aliança do Batismo na radicalidade. A aliança é amar a Deus. Como? Radicalmente. Mas amar radicalmente um Deus que não é uma idéia, mas vida, amor, Pai e consequentemente amar na radicalidade o próximo.

A vida religiosa é a radicalização, a intensificação mais séria, feita por alguns homens e mulheres carismáticos, da experiência religiosa que se encontra à disposição de todos as mulheres e de todos os homens. Assim os religiosos possuem uma carisma especial do Pai de sentirem mais de perto e profundamente as realidades divinas e necessidade de abertura religiosa aos outros. Fazem disso o núcleo central e orientador de suas vidas. Nisso vêem o sentido pleno da existência, das tarefas concretas que irão realizar no mundo humano.

Vivendo numa comunidade fraterna, para demonstrar a profunda dependência de Deus, não possuem nada em nome pessoal; vivem a castidade, entregando sua vida para construção do reino e estão plenamente disponíveis à ação divina e às necessidades da Igreja.

Vamos conhecer melhor a vida religiosa:

A vocação religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. É o compromisso com o povo e com o mundo. É um sinal profético no meio da sociedade;

Os religiosos consagram-se a Deus para servi-lo e para servir os irmãos;

Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa, é a ação de Deus na vida da pessoa. Esse dom, dado pelo Espírito Santo, torna a pessoa apta para uma determinada missão. O religioso ingressa numa determinada Família Religiosa conforme o carisma que possui. De acordo com o carisma da instituição, os religiosos assumem uma missão específica;

Os religiosos vivem como sinal do Cristo libertador, numa total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos;

Para serem testemunhas de desprendimento, procuram viver a total partilha dos bens;

Numa sociedade profundamente competitiva, erotizada e apelativa, os religiosos vivem o amor sem exclusividades. É a consagração de seu ser, de sua castidade; à causa do Reino;

Decorrente do dom que Deus lhes deu, os religiosos consagram-se a um carisma específico;

Exercem uma missão decorrente de seu carisma e vivem numa comunidade fraterna;

N
este dias dos religiosos, queremos externar a nossa gratidão a tantos homens e mulheres, que com muita generosidade estão sendo sinais visíveis de Jesus Cristo no meio das nossas comunidades. Deus lhe dê a graça da perseverança e um fecundo apostolado e juntos rezemos para que ele continue chamando muito jovens para essa importante vocação.
 
Oração

Jesus, Divino Mestre, que chamaste os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos caminhos, pelas nossas famílias e escola; e continuai a repetir o convite a muitos dos nossos jovens. Daí coragem às pessoas convidadas, 
forças para que vos sejam fiéis, como apóstolos, leigos, sacerdotes, 
religiosas e religiosos, para o bem do povo de Deus e da humanidade. 
Amém.

VOCAÇÃO HUMANA E VOCAÇÃO DIVINA

É bom deixar bem claro, há a vocação humana e a vocação divina. A vocação humana é aquela em que a pessoa se sente feliz e realizada: em ser médico, advogado, professor, lavrador, mecânico... etc. Trabalha naquilo, por que gosta. Se a pessoa precisa trabalhar naquilo, mas não gosta, dizemos que ela não tem aquela vocação.

Mas mesmo assim, esta vocação é diferente da vocação divina, onde a pessoa, ao escolher ser padre, religioso, ou religiosa, escolhe aquilo porque gosta e se sente feliz. Então, qual é a diferença? A diferença é que na vocação humana, você faz aquilo e espera o salário, a recompensa merecedora por aquilo em que você se esforçou. Na vocação divina, você faz puramente por amor. Faz por um amor desinteressado, que sai de dentro do coração, da alma, e produz uma paz verdadeira, porque provêm do cumprimento da vontade de Deus. Podemos, então dizer que este é um amor-doação.


"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer." (Lc 17, 10)


No Reino de Deus não se trabalha para alcançar prêmios na terra, mas no Céu. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: "A nós o trabalho, a Jesus o sucesso!"


Esse é o motivo pelo qual vocação divina não é profissão, onde, se você não gosta, reclama, não trabalha direito, ou até mesmo, se possível deixa o emprego.


Mas, na vocação divina se uma pessoa já assumiu perante Deus, aquele compromisso, ela deve ir até o fim, sem desanimar com o peso da Cruz, nem em querer ser elogiado pelo que fez. E isto não vale somente para a vida religiosa consagrada, mas também para o casamento.


É muito freqüente ouvir-se em Curso de noivos, que não se deve pensar em casar só para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Se você casou para ser feliz, você não compreendeu o sentido do casamento, você deve querer fazer a felicidade daquela pessoa que você ama, e assim você será feliz! Já pensou se todos os casados tivessem este pensamento, como não seriam diferentes os casamentos?


Depois das curas e milagres, Jesus não esperava os aplausos, Ele cumpria a Vontade do Pai saindo despercebido antes de ser aclamado:

"O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus havia se retirado da multidão que estava naquele lugar."(Jo 5, 13)

"À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: 'Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo. Jesus percebendo que queriam arrebatá-Lo e fazê-Lo rei, tornou a retirar-Se sozinho para o monte." (Jo 6, 14 - 15)


"Espalhava-se mais e mais a Sua fama e corriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades, mas Ele costumava retirar-Se a lugares solitários para orar." (Lc 5, 15- 16)


A vocação divina é diferente da vocação humana, pois não se trata de uma profissão, mas de um estado de vida. Deve ser uma doação, livre, consciente, madura, por amor a Deus e ao próximo.


Se para toda decisão de nossa vida, devemos ser sensatos, quanto mais uma decisão que levará a um estado de vida definitivo.

JESUS CATEQUESE

Quando você se levantou pela manhã, eu já havia preparado o sol para aquecer o seu dia e o alimento para sua nutrição.
Sim, eu providenciei tudo isso enquanto vigiava e guardava seu sono, a sua família e a sua casa. Esperei pelo seu Bom Dia, mas você se esqueceu...
Bem... você parecia ter tanta pressa que eu perdoei!
O sol apareceu, as flores deram o seu perfume, a brisa da manhã o acompanhou e você nem pensou que eu é que havia preparado tudo para você.
Seus familiares sorriram, seus colegas o saudaram, você trabalhou, viajou, realizou negócios, alcançou vitórias, mas... você não percebeu que eu estava cooperando com você e, teria ajudado mais se tivesse me dado uma chance...
Eu sei, você corre tanto que eu perdoei!
Você leu bastante, ouviu muita coisa, viu mais ainda e não teve tempo de ler ou ouvir a minha palavra.
Eu quis falar, mas você não parou para ouvir.
Eu quis até aconselhar-te, mas você nem pensou nessa possibilidade.
Seus olhos, seus pensamentos, seus lábios seriam melhores.
O mal seria menor e o bem muito maior em sua vida.
A chuva à tarde, foram minhas lágrimas por sua ingratidão, mas foram também a minha benção sobre a terra para que não te falte pão e água.
Você trabalhou, ganhou dinheiro que não foi mais porque não me deixou ajudar. Mais uma vez você se esqueceu que eu desejo sua participação no meu reino com sua vida, seu tempo, seus talentos e seu dinheiro também.
Findou o dia. Você voltou para casa. Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita para lembrar-te o meu amor por você. Certamente agora você vai dizer "Obrigado" e Boa Noite. Psiu... Está me ouvindo? Já dormiu? Que pena!
Quem sabe amanhã você se lembre de mim.

VOCAÇÃO CHAVE DA VIDA

Vocação é um tema que polariza a reflexão e a prática pastoral da Igre­ja Católica no Brasil durante o mês de agosto: "mês vocacional". As comunidades cristãs se envolvem de algum modo na Pastoral Vocacional com orações e reflexões. Principalmente os jovens. Ilu­mina-se ainda mais o sentido humanitário das profissões exercidas pêlos cristãos na sociedade. Isso já é uma inestimável contribuição à consciência social sobre o valor da vida como serviço aos irmãos.

Acredito que Vocação é outra palavra para se dizer: felicidade. Toda pessoa é vocacionada a ver assim a sua vida: descobrir como ser feliz nela. Na Bíblia vocacionar é chamar. Uma chamada à espera de respos­ta. Uma chamada nominal. O nome indivi­dualiza e distingue.


O nome torna alguém insubstituível como tal perante os outros. Fomos chamados e temos um nome. A primeira vocação é a existencial ou o chama­do a viver. É pessoal e
é comum. Eis aí o primeiro direito inalienável e irrevogável, a começar da concepção do feto no seio da mãe. Implica os demais direitos inerentes ao pleno desenvolvimento e à plena dignidade humana de qualquer pessoa: saúde, edu­cação, comunhão em todos os bens da cul­tura.

Toda pessoa é propensa a estar ciente do dom que é a sua vida. Percebe que precisa dar a ela um sentido único e pessoal. Descortina inúmeras possibilidades. Torna-se infinito o horizonte da existência terrena. A vida não é só a realidade física, bioló­gica e orgânica. Ë vida acolhida, pensada
e. produzida numa experiência pessoal irre­nunciável e irrepetível. É a descoberta de si no crescimento, nas tendências e habilida­des em servir. Ser útil. Por isso é triste ver alguém alienado, alheio, fechado em si e omisso quanto à responsabilidade em viver.

E em construir de modo racional o seu "ser vivente com os outros". Alienar-se é cair num estado vegetativo ou ilusório. Tantas serão as frustrações e ilusões quantas as fugas e omissões! Um poeta brasileiro definiu num só versinho o que é viver em ilusões:


"Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu/ Quem não sen­tiu o frio da desgraça/ Quem passou pela vida e não sofreu/ Foi espectro de homem não foi homem/ Só passou pela vida, não viveu" (Francisco Otaviano).


Outra fuga absurda é a revolta de quem diz "eu não pedi para nascer". A afirmação não é só ignorân­cia. Revela uma personalidade alienada, inconsciente do seu valor maior: a vida!


No íntimo do ser humano a vocação é resposta ao impulso interior, que faz alguém sair de si para se encontrar nos outros. Aí está, digamos assim, o DNA da sua felici­dade. Este é o caminho e é a aventura que nos realizam como pessoas. Não é coisa fácil nem "branca nuvem" nem a ilusão de: "a gente vai levando essa vida". Curtir pode ser moda. Mas é o gatilho que dispara o consumismo inconseqüente, além da preguiça institucionalizada.


A despreocupação com o amanhã ou com as dificuldades, apenas mascara a incompetência de lutar, de ser bom, de ser responsável. Enfim, de querer vencer! A propaganda seduz, mas não cria o sucesso. Ela tem um vício insanável: o di­nheiro antes de tudo! Este jamais será garan­tia de felicidade vocacional.


Em si mesma a vida é uma questão da fé!

QUERO SER UM TELEVISOR

A professora pediu aos alunos que fizessem uma redação subordinada ao tema:
O que gostaria que Deus fizesse por mim...

À noite, ao corrigir as redações, ela deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.

O marido, ao entrar em casa notando-a emocionada pergunta:

"O que aconteceu?"

Ela respondeu:

"Lê".

Era a redação de um menino.

"Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor.

Quero ocupar o lugar dele.

Viver como vive a TV da minha casa.

Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao meu redor...

Ser levado a sério quando falo...

Quero ser o centro das atenções e ser ouvido sem interrupções e sem perguntas.

Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.

Ter a companhia do meu pai quando chega a casa, mesmo que esteja cansado.

E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida.

E que os meus irmãos "briguem" para estar comigo.

Quero sentir que a minha família deixar tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.

E, por fim, que eu possa divertir todos.

Só quero viver o que vive qualquer televisor!"

Naquele momento, o marido de Ana Maria disse:

"Meu Deus, coitado desse menino. Que descuido o desses pais".

E ela responde-lhe:

"Essa redação é do nosso filho".