Vocação dos leigos
§898 "É especifico dos leigos, por sua própria
vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e
ordenando-as segundo Deus... A eles, portanto, cabe de maneira especial
iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, as quais estão
intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo
Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor."
§899 A iniciativa dos cristãos leigos é
particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar
meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com
as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um
elemento normal da vida da Igreja.
Os fiéis leigos estio na linha mais avançada da vida
da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade
humana. Por isso, especialmente eles devem ter uma consciência sempre
mais clara não somente de pertencerem à Igreja, mas de serem Igreja,
isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do Chefe comum, o
Papa, e dos Bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja.
§900 Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são
encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da
Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou
agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da
salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a
terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é
somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a
Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que
sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu
pleno efeito.
§2442 Não cabe aos pastores da Igreja intervir
diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa
tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria
iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma
pluralidade de caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se
conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe
aos fiéis leigos "animar as realidades temporais com um zelo cristão e
comportar-se como artesãos da paz e da justiça".
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