domingo, 11 de novembro de 2012

JESUS VOCACIONADO DO PAI

 
Tu és meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição“ (Mc 1,11). O batismo cristão, tem raízes no batismo de Jesus. Todo aquele que, como Jesus, é submergido nas águas batismais, é também chamado de “filho amado”, ungido pelo Espírito e enviado a cumprir atos de justiça. O batismo de Jesus revela a existência de três elementos que são fundamentais para o batismo cristão. Primeiro, a sua própria vinda, de Nazaré ao Jordão, é um sinal do seu chamado a salvar a humanidade: “Jesus veio...”, livremente. Em segundo lugar, a voz vinda do alto - sinal de que Deus volta a falar - indica sua divindade e identidade vocacional: Jesus é o Filho Amado de Deus. Por fim, o terceiro elemento é sinal da sua autoridade: “nele está a minha afeição”, porque executará o plano de Deus.

O batismo faz de Jesus o vocacionado por excelência do Pai. E doravante vai ser, viver e agir com aquilo que lhe é próprio, como Filho de Deus e Salvador. Nele a humanidade é chamada à santidade e a assumir uma missão. Como o batismo de Jesus no Jordão, representou o início da sua missão profética, assim o batismo cristão é a fonte e a origem de todas as vocações.

O cristão, pelo batismo, é vocacionado, chamado pelo Pai a ser ouvinte da Palavra. Adotado como filho bem amado e justificado dos seus pecados, é incorporado a Jesus Cristo. Ungido pelo Espírito para a missão é inserido na Igreja. No batismo, a mesma voz que um dia foi ouvida, declarando Jesus Filho amado, é ouvida por nós. O mesmo Espírito que o ungiu e o enviou em missão, nos unge e nos consagra para termos uma vida nova. A missão de Jesus dá sentido, acompanha e impulsiona o envio missionário do cristão ao mundo.


MARIA, A AGITADA

Nos Evangelhos não encontramos somente duplas de irmãos como os apóstolos Pedro e André, Tiago e João. Há também, uma dupla famosa de irmãs: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, o amigo de Jesus. A casa de Betânia era a casa da amizade, onde o ambiente devia ser gostoso e aconchegante. Devia ser quase um refúgio para Jesus. Longe das ameaças dos poderosos e das armadilhas dos doutores da Lei, Jesus podia descansar, viver a experiência tão humana e gratificante de sentir-se em casa. Ele que não tinha de próprio nem onde reclinar cabeça, sentia-se bem na casa de Marta, Maria e Lázaro.

Sem dúvida, lá, Jesus devia poder falar baixo, sem gritar, como se faz em casa, ao pé do ouvido. Não tinha as multidões; tinha somente amigos, os poucos íntimos. Devia reinar uma paz muito grande, junto com a alegria contagiante de poder ouvir Jesus tão de perto. Mas não era bem assim, nem todas as pessoas entendiam e entendem.

Marta fica agitada com a visita de Jesus. Fica preocupada. Não se conforma com a atitude de Maria: sentada aos pés de Jesus, só ouvindo. "Mas onde já se viu isto?" Deve ter pensado a superatarefada Marta. Bem educada, não reclama diretamente com Maria na frente de todos, chamando-a de folgada. Prefere que seja o próprio Mestre Jesus a decidir se Maria, uma mulher, podia ficar ali sentada, como se fosse um dos discípulos, quando ela, Marta, não agüentava mais de tanto serviço. A dona da casa não queria passar vergonha com a refeição.


Jesus aceita a provocação e responde com palavras que não ofendam a preocupada Marta, mas, ao mesmo tempo, reconheçam que Maria escolheu "a parte melhor" prestando atenção às palavras d’Ele. Porque "uma só coisa é necessária", diz Jesus.


Parece tão fácil: a contemplação, a oração, o silêncio atencioso, são a parte melhor. Porém continuam privilégio de poucos. E, olha lá, se esses também já não foram chamados, com menos delicadeza de Marta, de acomodados, preguiçosos, fujões, alienados, descompromissados... Em um mundo cheio de problemas, não dá mesmo para ficar parado. A resposta é a ação. Uma ação urgente. "Faça alguma coisa JÁ" é o que os pregadores inflamados de todas as causas justas e improrrogáveis do planeta, gritam aos nossos olhos e aos nossos ouvidos, dia e noite.


Talvez fosse mais simples se nos convencêssemos de que a agitação depende de nós. A nossa agitação começa por dentro, não vem de fora. Precisamos nos questionar, nos agitar saudavelmente pelos questionamentos profundos da nossa vida.


Às inquietações interiores, espirituais, aos questionamentos sobre o sentido da nossa vida não se responde com outras agitações, mas com o silêncio, a reflexão, a oração. Também a ação, que necessariamente virá, será bem pensada, bem motivada, surgirá por uma decisão consciente do coração e não pela superficialidade de uma emoção evanescente.


Por isso acredito, tranqüilamente, que Maria também estava agitada, mas com outro tipo de preocupação que não era a dos afazeres da casa. Maria tinha uma fome e uma sede daquelas que não se satisfazem com os cardápios humanos. Nem com faixas, gritos e palavras de ordem. Nesse sentido ela escolheu a fonte melhor para satisfazer a sua fome e a sua sede de sentido da vida: o próprio Jesus. E nós que corremos tanto, seria melhor se parássemos um pouco, aos pés do Mestre, claro.


FORTALECIDOS PELA EUCARISTIA
Quando chegou o momento de Sua partida para a eternidade, Cristo, em Sua bondade infinita, nos ofereceu o melhor presente que poderia nos dar: instituiu durante a Santa Ceia,a Sagrada Eucaristia, presença real d’Ele em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi a maneira concreta que o Senhor Jesus escolheu para permanecer junto do povo d’Ele, que, heroicamente, Ele salvou e redimiu.

Realizando a obra mais linda que poderia realizar por nós, disse: "Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória" (Lucas 22:19b). De forma que, todo aquele que come ou bebe do cálice do Senhor, pense bem antes de recebê-los, pois se o fizer indignamente – como o próprio Senhor nos adverte –, estará tomando a sua própria condenação (1 Cor 11,29). Por isso, o Senhor quer recobrar e reavivar a nossa fé na existência real d’Ele na Eucaristia. "Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede" (João 6:32-35). "Quem come minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (João 6, 56-57).

ORAÇÃO: "Senhor, eu proclamo a minha fé na Sua presença real na Eucaristia. Eu creio que a hóstia (o pão) e o vinho consagrados são teu Corpo e Sangue, Alma e Divindade. É o Senhor mesmo, vivo e ressuscitado presente na Eucaristia. Creio, Senhor, mas aumente a minha fé". Derrame seu Espírito Santo, Senhor, sobre todos os que não crêem, para que tenham a graça e a felicidade de O reconhecerem no Pão e poderem recebe-l’O em seus corações.


RESPOSTA DE JESUS


Filho meu que estás na Terra, preocupado, confundido, desorientado, solitário, triste, angustiado...

Eu conheço perfeitamente teu nome e o pronuncio abençoando-te porque te amo.

Não!.. Não estás sozinho, porque eu habito em ti; juntos construiremos este Reino, do qual serás meu herdeiro.

Desejo que sempre faças minha vontade, porque minha vontade é que sejas feliz.

Deves saber que contas sempre comigo, porque nunca te abandonarei e que terás o pão para hoje.

Não te preocupes. Só te peço que sempre o compartilhes com teu próximo... com teus irmãos.

Deves saber que sempre perdôo todas tuas ofensas, por isso te peço que faças o mesmo com os que te ofendem.

Desejo que nunca caias em tentação, por isso segure bem forte a minha mão e sempre confie em mim e eu te libertarei do mal.

Nunca te esqueças que TE AMO desde o início de teus dias e te amarei até o fim.

EU TE AMAREI SEMPRE.

Que minha Benção fique contigo e que meu eterno Amor e Paz te cubram sempre, porque no mundo não poderá obtê-las como Eu somente as dou porque...

EU SOU O AMOR E A PAZ!

CATEQUESE VOCAÇÃO E O JOVEM

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CONGREGAÇÃO IRMÃS MISSIONÁRIAS DE SÃO CARLOS BORROMEO SCALABRINIANAS - FUNDADOR BEATO DOM JOÃO BATISTA SCALABRINI

O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem a sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças.
Eis alguns ensinamentos do Documento de Aparecida sobre os consagrados:” A vida consagrada é um dom do Pai, por rmeio do Espírito, à sua Igreja. É um caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com o coração indiviso e colocar-se, como Ele, a serviço de Deus e da humanidade, assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: vida virginal, pobre e obediente” (Nº 216). Falando do valor do testemunho da vida contemplativa, continua Aparecida: “De maneira especial, a América Latina e o Caribe necessitam da vida contemplativa, testemunha de que somente Deus basta para preencher a vida de sentido e de alegria. “Em um mundo que continua perdendo o sentido do divino, diante da supervalorização do material, vocês queridas religiosas, comprometidas desde seus claustros a serem testemunhas dos valores pelos quais vivem, sejam testemunhas do Senhor para o mundo de hoje, infundam com sua oração um novo sopro de vida na Igreja e no homem atual”(Nº 221 e Discurso de João Paulo II às Relegiosas de Clausura ,México, 30/01/1979).
O Papa Bento XVI, no Discurso de Abertura da V Conferência, em Aparecida, referindo-se aos jovens e à pastoral vocacional, expressou: “Na América Latina a maioria da população está formada por jovens. A este respeito, devemos recordar-lhes que sua vocação é ser amigos de Cristo, discípulos, sentinelas do amanhã, como costumava dizer o meu predecessor João Paulo II. Os jovens não temem o sacrifício, mas, sim, uma vida sem sentido. São sensíveis à chamada de Cristo que os convida a segui-lo. Podem responder a essa chamada como sacerdotes, como consagrados e consagradas, ou ainda como pais e mães de família, dedicados totalmente a servir aos seus irmãos com todo o seu tempo, sua capacidade de entrega e com a vida inteira. Os jovens encaram a existência como constante descoberta, não se limitando às modas e tendências comuns, indo mais além com uma curiosidade radical acerca do sentido da vida, e de Deus Pai-Criador e Deus-Filho Redentor no seio da família humana. Eles devem se comprometer por uma constante renovação do mundo á luz de Deus. Mais ainda: cabe-lhes a tarefa de opor-se às fáceis ilusões da felicidade imediata e dos paraísos enganosos da droga, do prazer, do álcool, junto com todas as formas de violência”(D.I,5).
Que, cada vez mais, os religiosos, as religiosas e consagrados sejam para o mundo testemunhas de que existe outra forma de viver com sentido. Rezemos para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização. E que muitos jovens descubram que vale a pena dar a vida Àquele que por primeiro deu a Sua vida por nós, Cristo Jesus.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

CATEQUESE SCALABRINIANA -FUNDADOR BEATO DOM JOÃO BATISTA SCALABRINI



DEUS TANTO AMOU O MUNDO,
QUE LHE ENTREGOU SEU FILHO ÚNICO! (Jo 3,16)

Celebramos no próximo dia 25 de outubro, os 117 anos de fundação de nossa Congregação. Este evento é para nós motivo de alegria e ação de graças, pois cada ano de existência e fidelidade ao Projeto do Pai evoca em nossos corações a certeza do seu insondável amor por nós, seus filhos e filhas.
O grande amor de Deus por nós se expressa visivelmente no mistério da Encarnação, no qual o Verbo se fez carne, assumindo a nossa frágil condição humana para nos redimir e elevar à maravilhosa dignidade de filhos e filhas. Assim o ser humano é introduzido no próprio seio da Trindade e da Eternidade. Scalabrini faz memória deste grandioso mistério dizendo que pela Encarnação do Verbo de Deus, o ser humano se torna participante da sua divindade.
Somos chamadas a fazer deste acontecimento um momento de profunda contemplação e reconhecimento do amor de Deus que nos gerou e sustentou ao longo de nossa história congregacional, dedicando nossas vidas como consagradas e missionárias a serviço dos migrantes.
Demos graças ao Senhor pelo carisma scalabriniano recebido na Igreja, por meio do Bem Aventurado João Batista Scalabrini. Ele nos ensinou com seu exemplo a compaixão pelo migrante, a visão do fenômeno migratório na sua experiência de encontro com os migrantes na estação de Milão, fazendo surgir uma nova esperança com a presença de um novo carisma na Igreja a favor dos migrantes. É o amor de Deus que se revela sempre de modo criativo e inesperado salvando os filhos da migração.
Seu amor continua chegando até nós através de nossos Cofundadores. Madre Assunta Marchetti, mulher de coração nobre e decidido, como Maria que se colocou a caminho para ir ao encontro de Isabel, aceitou o desafio de deixar a sua Pátria para ir ao encontro dos órfãos e abandonados no exterior, com a sublime missão de amá-los e servi-los. A confiança inabalável em Deus e na sua providência divina iluminou e dirigiu os seus passos de missionária. Pe. José Marchetti, homem livre e apaixonado por Jesus Cristo e seu Reino, sentindo-se profundamente amado por Deus, fez de sua vida uma oferta sublime ao Deus da vida para aliviar os sofrimentos do migrante mais pobre e necessitado.
Esta celebração nos dá ainda a oportunidade de louvar e agradecer a Deus Uno e Trino que continua derramando em nossos corações o seu amor paterno, agindo e transformando a história por meio da nossa presença e ação evangelizadora, pelas estradas do mundo em mobilidade humana nos diversos continentes.
Neste Ano da Fé, no qual somos convocadas pela Igreja a viver mais profundamente e a transmitir aquilo que cremos e professamos, estando sempre dispostas a dar a razão de nossa esperança a todo aquele que o desejar (cf. I Pd 3), imploramos a intercessão de São Carlos Borromeo, nosso patrono; do Bem Aventurado João Batista Scalabrini; da Venerável Madre Assunta Marchetti e de Pe. José Marchetti pela nossa Congregação, para que sejamos agraciadas com novas vocações e sejamos perseverantes na fé, vigilantes na oração e corajosas no serviço missionário aos migrantes. A todas, um Feliz dia da Congregação!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Eu sou Jesus www.mscs.org.br
Quando nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: "Eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas!".

Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: " Eu sou a luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!".

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: "Eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis!".

Quando a tristeza e a melancolia te provarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: "Eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior !".

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, á flor que desabrocha e á estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.

Chamo-me AMOR, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito!
EU SOU JESUS !
Pare ! ! ! Jesus te chama
Você poderia me dar um tempinho?
Daria para você parar um pouquinho e me ouvir?
Tenho tantas coisas para te dizer...
Ouça me!!!!
Eu amo, amo-o muito.
Você é muito importante para mim.
Você corre...almoça,estuda,trabalha.
Você passa e não me vê.
Você grita,canta,chora. Você pára,ama,sorri...
Você nunca me chama.
Você se entristece,depois se acalma e não me agradece.
Você caminha, sobe e desce escadas e não se preocupa comigo...
Você tem tudo e não me dá nada.
Você sente dor,nojo.
Você sente amor,sente tudo,menos a minha presença.
Você ouve, vê, toca, tens os sentidos perfeitos, mas nunca os usa por mim.
Você estuda e não me entende. Ganha e não me ajuda. Canta e não me alegra.
Você é tão inteligente e não sabe nada de mim.
Voe explora tanto o fato de ser detestado por alguém que não sabe que EU amo tanto.
Você reclama os maus tratos, mas não valoriza o que eu faço por você.
Você está triste, nem sequer pensa em mim,e se pensa, é para me culpar.
Você não entende que eu sofro por você.
Se está feliz, não me comunica.
Você conhece tanta gente importante... E não conhece a mim que o considero tão importante.
Você faz tudo que os outros querem, mas não faz o que eu te peço com tanta humildade.
Você não consegue subir na vida, aí descarrega sobre mim toda a sua ignorância camuflada.
Você consegue ser importante na sociedade, aí pisa nos menos favorecidos que eu amo tanto quanto você.
Você não tem tempo para nada, nem para pensar em mim...
Você quebra tantos galhos para os amigos, e não tira um espinho da minha testa.
Você entende tanto das transações do mundo, e não entende minha mensagem.
Você reclama tanto das vida, e não sabe que a minha vida é triste por sua causa.
Você abaixa os olhos quando um superior grita a seus ouvidos, e não levanta esses mesmos olhos quando falo do meu amor.
Você fala mal das pessoas e não sabe que eu conheço toda sua vida.
Você enfrenta muitos obstáculos na vida, você é forte. Mas que pena embora não admita, sei que tens medo de mim.
Você defende seu time predileto, seu ator preferido, aquela pessoa que acha bonita, mas não me defende junto aos seus amigos.
Você não sente vergonha de se despir diante de alguém... E tem vergonha de tirar a máscara diante de mim...
Você corre com seu carro, e não para meus braços.
Você às vezes até fala de mim, mas não age por mim.
Você fala do que eu fiz, mas nunca me deu a chance de falar do que você não faz.
Você é um corpo no mundo, eu sou um mundo no seu corpo.
Eu sou alguém que todos os dias bate em sua casa e pergunta:
Tem lugar para mim em sua casa... em seu coração...??????
Estou presente... Estou em todas as coisas e lugares...
Mas só posso estar vivo dentro do seu coração...
EU SOU JESUS CRISTO...
Eu o convido a uma grande missão...venha...
10 passos para ser feliz
1 - Simplifique a vida: tente resolver seus problemas com a simplicidade das crianças. Quando crescemos, adquirimos um péssimo hábito de querer sempre complicar as coisas. Ao enxergá-las como realmente são, veremos que é mais fácil lidar com elas.

2 - Planeje o futuro:
a vida só tem sentido quando definimos metas positivas, sejam elas emagrecer, parar de fumar, conquistar uma promoção no trabalho ou comprar uma casa!

3 - Desenvolva outras habilidades
: velhos hábitos não mudam de uma hora para outra. Mas com disciplina e perseverança, você pode transformar a sua vida e obter o sucesso.

4 - Defina seus valores: seja verdadeiro com você. O que pesa mais: a sua carreira ou a sua vida amorosa? Reflita sobre estes e outros aspectos da sua vida, e caminhe rumo ao equilíbrio.

5 - Identifique as prioridades: aquilo que é urgente, nem sempre é importante e vice-versa. Ajuda a manter o seu foco afinado com seus objetivos.

6 - Aprenda a perdoar: ao perdoar, você purifica a alma, tornando-a mais leve, afinal, abrindo mão de sentimentos negativos, como a raiva, o ódio, o desprezo, e permitindo que a sua energia flua positivamente, trazendo mais alegria e bem-estar!

7 - Reorganize o seu tempo: o resultado será um dia a dia menos estressante e mais produtivo.

8 - Seja realista: não se proponha a fazer o que, lá no fundo, já sabe que não irá conseguir. Dê um passo de cada vez. Acumular várias pequenas vitórias ao longo do processo aumenta a auto-estima, a autoconfiança e mantém a motivação necessária para continuar a jornada.

9 - Não desperdice sua energia vital: conserve a saúde e o bem-estar, mantenha a auto-estima positiva. Assim, quando as páginas da agenda anunciarem que o fim do ano está próximo, você não se sentirá em débito consigo mesmo. Pelo contrário, estará mais confiante e pleno de sua capacidade, impedindo que o estresse e a ansiedade dominem a sua vida.

10 - Agradeça!: a qualquer momento, por qualquer coisa. Ao agradecer, relaxamos, dormimos melhor ficamos livres das tensões.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

JESUS ESPERA POR TI SEGUIR JESUS

www.mscs.org.br  e-mail: vocacaomscs@uol.com.br
E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.
Lucas 9.23,24
Morra para si mesmo, morra para seus planos e sonhos e, viva para os planos e sonhos de Deus.
Decida seguir a Jesus e servi-lo. Se renda a Ele.
Deus te abençoe!

SEGUIR JESUS

Jesus ia pelo caminho das aldeias, rodeado de pessoas, como de costume, quando um jovem apressadamente se ajoelha diante dEle: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Mc 10:17.  Esta poderia ser a forma perfeita de culto: Prostra-se diante do Mestre, indagando-O sobre a vida eterna, chamando-O de bom. Um homem rico, bem trajado, sujando as vestes na terra e humilhando-se diante de muitas pessoas, quem não o julgaria santo?  Respondeu Jesus: “Tu sabes o mandamento: Não adulterarás; não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás alguém, honra teu pai e tua mãe” 10:19
E o jovem como querendo se justificar replica: "Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade!"10:20.   As pessoas presentes, devem ter se impressionado com o jovem. Ele era mais digno que todos os demais que estavam ali em busca do perdão dos pecados.  Ele não tinha pecados!  Mas o Reino dos céus não vem com aparência exterior Lc 17:20. Jesus conhecia o “ponto fraco” do rapaz, e falou-lhe o que precisava ouvir e não o que queria ouvir:“Vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a tua cruz e segue-me. Mas ele pesaroso desta palavra, retirou-se triste porque possuía muitas propriedades” Mc 10:21-22.


Aquele homem era idolatra, avareza era seu mal, dinheiro seu deus. Ele preferiu seguir sem Jesus, a abrir mão de tudo. E o que mais mexe comigo, nesta narrativa é o verso: “E Jesus, olhando para ele o amou”Mc 10:21. Apesar de toda miséria, rebeldia, e impureza que havia naquela vida: Jesus amava. Muitas vezes não conseguimos distinguir entre pecador e pecado e passamos a abominar as pessoas em virtude do que fazem, ou deixam de fazer. Tudo porque falta-nos amor, este dom precioso que capacita o coração a ir além das aparências, acolher as virtudes e transformar os vícios.

E quando o jovem sai de cena, ficam só Jesus e os discípulos. O clima era de velório, porque a perfeição do amor de Jesus, não foi capaz de alcançar aquela vida aprisionada ao mundo. O coração do jovem estava endurecido, impenetrável: “Então Jesus olhando em redor, disse aos discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que possuem riquezas” Mc 10:23 e os que se deixam possuir por elas. Ser rico, não era o problema, mas sim ser avarento (I Tm 6:10)


Outro aspecto que me chama atenção é que na ausência do jovem, Jesus ali mesmo, diz aos discípulos: “Em verdade vos digo que ninguém haja que tenha deixado tudo, por amor de mim e do Evangelho, que não receba cem vezes mais, já neste tempo e no século futuro a vida eterna.” Mc 10:29, 30. Jesus não fala isto para o jovem! Ele não diz: Vem, segue-me, renuncia a tudo que tens e serás milionário e salvo! Jesus não apresentou as facilidades, mas a cruz! “A melhor parte” da história não foi revelada ao jovem, mas ele descobriria se decidisse seguir Jesus. Sim, os que aceitam a cruz, recebem as dádivas. Esta é a ordem do Reino (Mt 6:33).


O grave problema do cristianismo hoje é apresentar o inverso: Vem para Cristo e receberás riquezas, ou dê-me as riquezas e receberás o Reino. Não! Jesus disse: Vem, toma a tua cruz e segue-me. Mc 10: 21.


A Insuficiência das Obras Para a Salvação Ef 2:8


O jovem que foi ao encontro de Jesus, era um religioso. Ele seguia “mandamento sobre mandamento, regra sobre regra” Is 28:13 a fim de sentir-se salvo, mas era infeliz. Algo estava errado, e tinha a ver com seu orgulho. Ele precisava entregar o coração, Jesus não invade esse terreno, Ele aceita alegremente o convite de habitar nele: “Dá-me filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos” PV 23:26. O jovem não entregou o coração e errou o caminho do céu. Ele encontrou Jesus no caminho, mas ignorou a grandeza do encontro.

Que Deus nos ajude a estarmos prostrados diante dEle em temor e tremor, em plena certeza de que Sua presença é o bem mais precioso, o único e imutável tesouro. Que em nossos corações não haja reservas, pecados não confessados, mas que haja entrega, gratidão: “Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós...E o senhor te guiará continuamente , como um manancial cujas águas nunca faltam” Is 55:12 e 58:11. Ter um encontro real com Jesus produz alegria, gozo e não pesar como aconteceu com o jovem rico ao partir. Mc 10:21. O problema, é que ele escolheu partir sem Cristo.


Ao tempo em que o encontro do jovem com Jesus nos apresenta a necessidade de renunciar ao mundo, também aponta para a fragilidade das obras como mérito salvítico. E ainda, traz á tona um erro tão freqüente em nossos dias, mais conhecido como “evangelho da prosperidade”. Se aquele jovem adentrasse em certas igrejas do mundo moderno, sairia “feliz” por encontrar uma porta bem larga recepcionando-o como filho do reino, por cumprir à risca a lei e ter muitos recursos para ofertar. Promessas de bênçãos “choveriam” sobre sua cabeça.


A história deste jovem é semelhante a tantas outras que encontram nas riquezas a motivação para a vida. Mãos cheias e corações vazios. Ganhando o mundo e perdendo a alma: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" Lucas 12:20.


Como encontrar Jesus e não se deixar tocar por Ele? Jesus é o Senhor dos corações, no âmago da alma é o lugar que Ele almeja chegar. Somente esse “mergulho” do natural no sobrenatural, do velho para o novo, do exterior para o interior é capaz de produzir nova vida. Jesus, não invade corações, mas gentil e amorosamente aceita o convite para nele morar. E quando Ele chega é como a Luz, dissipando as trevas, o calor, aquecendo o gelo, o machado despedaçando a rigidez. Aquele jovem, não se deixou tocar, formou barreira, rejeitou a mais perfeita forma de amor. O jovem era um amante das “riquezas” e agarrava-se a elas como o bem mais precioso


“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte”. Ap 12:11.

Somente em Cristo Jesus reside a Salvação, somente através do Seu sangue é possível vencer o mundo. Que essa triste história, de final infeliz, nos conduza a uma profunda reflexão sobre a vida e a morte. Que em nossos corações reine a alegria do encontro com Jesus. Ele é Rei, somos seus servos. Mas Ele nos fez herdeiros de uma viva esperança, maior e melhor que todos os tesouros terrenos. Ele nos ama, infinitamente mais que pensamos ou conhecemos. Ele quer inundar nosso coração de alegria e nos prosperar em todos os nossos caminhos. Mas, jamais podemos segui-Lo sem abraçar Sua cruz, porque foi nela que Ele nos acolheu.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

VOCAÇÃO DOS LEIGOS



Vocação dos leigos
§898 "É especifico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus... A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, as quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor."
§899 A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja.
Os fiéis leigos estio na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, especialmente eles devem ter uma consciência sempre mais clara não somente de pertencerem à Igreja, mas de serem Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja.
§900 Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito.
§2442 Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos "animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça".

CONSELHOS EVANGÉLICOS

Os conselhos evangélicos manifestam a plenitude viva da caridade que jamais se mostra satisfeita, por não poder dar mais. Atestam seu dinamismo e solicitam nossa prontidão espiritual. A perfeição da Nova Lei consiste essencialmente preceitos do amor a Deus e ao próximo. Os conselhos indicam caminhos mais diretos, meios mais fáceis, e devem ser praticados conforme a vocação de cada um:
(Deus) não quer que cada pessoa observe todos os conselhos mas apenas aqueles que são convenientes, conforme a diversidade das pessoas, dos tempos, das ocasiões e das forças, com o exige a caridade; pois ela, como a rainha de todas as virtudes, de todos os mandamentos, de todos os conselhos, em suma, de todas as leis e de todas as ações cristãs, a todos e todas dá seu grau, sua ordem, o tempo e o valor.

JOVEM E A TEOLOGIA

Vocação é o chamado de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana.
• É um gesto grandioso de Deus que visa a plena humanização do homem.
• É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando a construção do Reino de Deus.
• É um chamado para fazer algo, para cumprir uma missão.
• Toda pessoa é vocacionada, é eleita por Deus.
• Deus elege por causa de alguém (comunidade) e esta eleição se manifesta no nosso dia-a-dia.

A mensagem do Evangelho é um convite continuo a seguir Jesus Cristo. Vem e segue-me(Mt 9,9; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8,12).
VEM – CHAMADO: é um convite pessoal dirigido por Deus a uma pessoa.
SEGUE-ME – MISSÃO: é o seguimento da prática de Jesus.

É uma iniciativa gratuita, proposta, que parte de Deus(dimensão teológica). Impulso interior de cada pessoa onde conscientemente responde ao plano de amor de Deus (dimensão antropológica).
2- Distinção
Para compreendermos em profundidade o significado da vocação, precisamos fazer a distinção entre: VOCAÇÃO FUNDAMENTAL E VOCAÇÃO ESPECÍFICA.
a) – Vocação Fundamental: Entendemos por vocação fundamental, o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser Cristão, a ser Igreja. A tomar consciência de que todos somos irmãos e fazemos parte do Reino de Deus.
Pela revelação sabemos que todos os homens foram chamados por Deus à santidade (Gn 1,26; 2,7; 1Pe 1, 15-16). É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. Todas as vocações específicas derivam desta vocação fundamental.

Pelo Batismo, todos fomos chamados a viver a Santidade.
A Pastoral Vocacional deveria ser a Pastoral da Vocação Fundamental, sob a qual é possível descobrir a Vocação Específica.
b) – Vocação Específica: Entendemos por vocação específica a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso.
Deus chama a cada um, chama pessoalmente e chama para desempenhar um papel concreto dentro da comunidade, de acordo com os seus dons – carismas. O ministério dentro da comunidade é a estruturação de um carisma: sacerdócio, catequese, liturgia, ministro da Eucaristia, animador dos jovens… “A um o Espírito dá o dom da sabedoria, a outro o da ciência, a outro o da fé, o dom das curas, das profecias, do discernimento…” (1º Cor 12,8 ss) O Espírito suscita dentro da Comunidade – Igreja os ministérios que ela necessita.
O chamado surge dentro da comunidade, em função da comunidade e exige uma resposta concreta, generosa e heróica de todo cristão. O chamado não é um chamado ao egoísmo, para o fechamento, mas para a abertura, para a doação, para servir a comunidade.

As vocações específicas, são três: LAICAL, RELIGIOSA E SACERDOTAL.
1- Vocação Leiga : “ Os leigos são aqueles homens e mulheres que agindo à luz da fé e da Palavra de Deus, movidos pela caridade, procuram infundir em todas as realidades temporais, como a família, a cultura, a economia, as artes, as profissões, as instituições políticas, o espírito evangélico”. (Pe. José Lisboa).
O leigo vive no mundo para:
• Fazer presente o Deus Criador;
• Fazer de suas estruturas um mundo mais digno;
• Promover a Paz, a Justiça, a Fraternidade.
• Como casado, solteiro ou consagrado, ser sinal de Cristo.

2- Vocação religiosa : O Religioso é chamado a testemunhar a Cristo de uma maneira, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência.
Vivem:
• A total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos;
• A partilha dos bens;
• O amor sem exclusividades;
• A consagração a um carisma específico: educação, saúde, missões, pobres…
• Numa comunidade fraterna.

3- Vocação Sacerdotal : O Padre é por vocação ordenado para ser sinal sacramental da presença de Cristo. Age na pessoa de Cristo-Profeta, Sacerdote e Rei.
• É sinal sacramental de Cristo que convoca e envia a Igreja;
• Sua missão é animar a fé e presidir a comunidade;
• O Padre é Pastor;
• Ele celebra a presença de Deus (Sacramentos) na caminhada da comunidade.

c) – Como Deus Chama
Na luta do dia-a-dia, na leitura da própria história é que vamos percebendo os sinais do apelo de Deus e a necessidade de uma resposta concreta. Não podemos esquecer que a vocação é também um processo, uma historio de amor e dinamismo, um relacionamento profundo com Deus.
• – Deus chama a cada um pessoalmente e pelo nome. Uma experiência interior. Como chamou Abraão (Gen 12, 1-2), Moisés(Ex 3,1ss=, Jeremias(Jer 1,1ss), Maria (Lc 1,27ss), os Apóstolos (Mt 10, 10-16).
• – Deus nos chama pelos valores que nos atraem. Cada pessoa tem dons e talentos e vai descobrindo valores que aos poucos vão orientando a sua vida. A seleção cuidadosa desses valores levam-na a fazer uma opção. Esta opção é a resposta a um chamado.
• – Deus nos chama pela comunidade, pela Igreja que precisa. Toda vocação está em função do reino, portanto, Deus se serve de uma comunidade carente, para nos mostrar uma vocação.
• – Deus nos chama pelo irmão que sofre. É vendo o sofrimento do pobre, do marginalizado, do doente… que nos sentimos tocados para assumir uma missão.
• – Deus nos chama através de mediadores diretos, padres, religiosos(as), leigos, promotores vocacionais, que com uma palavra ou um testemunho de vida, nos ajudam num discernimento vocacional.

A vocação é um chamado à alegria. Deus em seu plano de amor respeita a liberdade humana. É necessário um coração simples orante, capaz de ouvir a proposta e aberto e generoso capaz de discernir e responder ao chamado de Deus.

FESTA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Na festa litúrgica da Assunção de Maria, modelo daqueles que dizem sim, celebramos o dia do Religioso e da Religiosa. São homens e mulheres que foram chamados por Deus para seguir Jesus Cristo numa dedicação total. Esta vocação é assumida na Igreja por pessoas que, imitando Jesus Cristo, se consagram a Deus através dos votos de pobreza, castidade e obediência. Estão ligados às muitas Congregações Religiosas, Ordens, Institutos e Sociedades de Vida-Apostólica. São Padres, Irmãos e Irmãs que testemunham com a própria vida o amor a Deus pela humanidade. São sinais visíveis de Jesus Cristo no meio do nosso povo.

O Senhor da messe continua fazendo sua proposta bonita  seus filhos e a suas filhas. É uma proposta de querer viver a aliança do Batismo na radicalidade. A aliança é amar a Deus. Como? Radicalmente. Mas amar radicalmente um Deus que não é uma idéia, mas vida, amor, Pai e consequentemente amar na radicalidade o próximo.

A vida religiosa é a radicalização, a intensificação mais séria, feita por alguns homens e mulheres carismáticos, da experiência religiosa que se encontra à disposição de todos as mulheres e de todos os homens. Assim os religiosos possuem uma carisma especial do Pai de sentirem mais de perto e profundamente as realidades divinas e necessidade de abertura religiosa aos outros. Fazem disso o núcleo central e orientador de suas vidas. Nisso vêem o sentido pleno da existência, das tarefas concretas que irão realizar no mundo humano.

Vivendo numa comunidade fraterna, para demonstrar a profunda dependência de Deus, não possuem nada em nome pessoal; vivem a castidade, entregando sua vida para construção do reino e estão plenamente disponíveis à ação divina e às necessidades da Igreja.

Vamos conhecer melhor a vida religiosa:

A vocação religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. É o compromisso com o povo e com o mundo. É um sinal profético no meio da sociedade;

Os religiosos consagram-se a Deus para servi-lo e para servir os irmãos;

Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa, é a ação de Deus na vida da pessoa. Esse dom, dado pelo Espírito Santo, torna a pessoa apta para uma determinada missão. O religioso ingressa numa determinada Família Religiosa conforme o carisma que possui. De acordo com o carisma da instituição, os religiosos assumem uma missão específica;

Os religiosos vivem como sinal do Cristo libertador, numa total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos;

Para serem testemunhas de desprendimento, procuram viver a total partilha dos bens;

Numa sociedade profundamente competitiva, erotizada e apelativa, os religiosos vivem o amor sem exclusividades. É a consagração de seu ser, de sua castidade; à causa do Reino;

Decorrente do dom que Deus lhes deu, os religiosos consagram-se a um carisma específico;

Exercem uma missão decorrente de seu carisma e vivem numa comunidade fraterna;

N
este dias dos religiosos, queremos externar a nossa gratidão a tantos homens e mulheres, que com muita generosidade estão sendo sinais visíveis de Jesus Cristo no meio das nossas comunidades. Deus lhe dê a graça da perseverança e um fecundo apostolado e juntos rezemos para que ele continue chamando muito jovens para essa importante vocação.
 
Oração

Jesus, Divino Mestre, que chamaste os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos caminhos, pelas nossas famílias e escola; e continuai a repetir o convite a muitos dos nossos jovens. Daí coragem às pessoas convidadas, 
forças para que vos sejam fiéis, como apóstolos, leigos, sacerdotes, 
religiosas e religiosos, para o bem do povo de Deus e da humanidade. 
Amém.

VOCAÇÃO HUMANA E VOCAÇÃO DIVINA

É bom deixar bem claro, há a vocação humana e a vocação divina. A vocação humana é aquela em que a pessoa se sente feliz e realizada: em ser médico, advogado, professor, lavrador, mecânico... etc. Trabalha naquilo, por que gosta. Se a pessoa precisa trabalhar naquilo, mas não gosta, dizemos que ela não tem aquela vocação.

Mas mesmo assim, esta vocação é diferente da vocação divina, onde a pessoa, ao escolher ser padre, religioso, ou religiosa, escolhe aquilo porque gosta e se sente feliz. Então, qual é a diferença? A diferença é que na vocação humana, você faz aquilo e espera o salário, a recompensa merecedora por aquilo em que você se esforçou. Na vocação divina, você faz puramente por amor. Faz por um amor desinteressado, que sai de dentro do coração, da alma, e produz uma paz verdadeira, porque provêm do cumprimento da vontade de Deus. Podemos, então dizer que este é um amor-doação.


"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer." (Lc 17, 10)


No Reino de Deus não se trabalha para alcançar prêmios na terra, mas no Céu. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: "A nós o trabalho, a Jesus o sucesso!"


Esse é o motivo pelo qual vocação divina não é profissão, onde, se você não gosta, reclama, não trabalha direito, ou até mesmo, se possível deixa o emprego.


Mas, na vocação divina se uma pessoa já assumiu perante Deus, aquele compromisso, ela deve ir até o fim, sem desanimar com o peso da Cruz, nem em querer ser elogiado pelo que fez. E isto não vale somente para a vida religiosa consagrada, mas também para o casamento.


É muito freqüente ouvir-se em Curso de noivos, que não se deve pensar em casar só para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Se você casou para ser feliz, você não compreendeu o sentido do casamento, você deve querer fazer a felicidade daquela pessoa que você ama, e assim você será feliz! Já pensou se todos os casados tivessem este pensamento, como não seriam diferentes os casamentos?


Depois das curas e milagres, Jesus não esperava os aplausos, Ele cumpria a Vontade do Pai saindo despercebido antes de ser aclamado:

"O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus havia se retirado da multidão que estava naquele lugar."(Jo 5, 13)

"À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: 'Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo. Jesus percebendo que queriam arrebatá-Lo e fazê-Lo rei, tornou a retirar-Se sozinho para o monte." (Jo 6, 14 - 15)


"Espalhava-se mais e mais a Sua fama e corriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades, mas Ele costumava retirar-Se a lugares solitários para orar." (Lc 5, 15- 16)


A vocação divina é diferente da vocação humana, pois não se trata de uma profissão, mas de um estado de vida. Deve ser uma doação, livre, consciente, madura, por amor a Deus e ao próximo.


Se para toda decisão de nossa vida, devemos ser sensatos, quanto mais uma decisão que levará a um estado de vida definitivo.

JESUS CATEQUESE

Quando você se levantou pela manhã, eu já havia preparado o sol para aquecer o seu dia e o alimento para sua nutrição.
Sim, eu providenciei tudo isso enquanto vigiava e guardava seu sono, a sua família e a sua casa. Esperei pelo seu Bom Dia, mas você se esqueceu...
Bem... você parecia ter tanta pressa que eu perdoei!
O sol apareceu, as flores deram o seu perfume, a brisa da manhã o acompanhou e você nem pensou que eu é que havia preparado tudo para você.
Seus familiares sorriram, seus colegas o saudaram, você trabalhou, viajou, realizou negócios, alcançou vitórias, mas... você não percebeu que eu estava cooperando com você e, teria ajudado mais se tivesse me dado uma chance...
Eu sei, você corre tanto que eu perdoei!
Você leu bastante, ouviu muita coisa, viu mais ainda e não teve tempo de ler ou ouvir a minha palavra.
Eu quis falar, mas você não parou para ouvir.
Eu quis até aconselhar-te, mas você nem pensou nessa possibilidade.
Seus olhos, seus pensamentos, seus lábios seriam melhores.
O mal seria menor e o bem muito maior em sua vida.
A chuva à tarde, foram minhas lágrimas por sua ingratidão, mas foram também a minha benção sobre a terra para que não te falte pão e água.
Você trabalhou, ganhou dinheiro que não foi mais porque não me deixou ajudar. Mais uma vez você se esqueceu que eu desejo sua participação no meu reino com sua vida, seu tempo, seus talentos e seu dinheiro também.
Findou o dia. Você voltou para casa. Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita para lembrar-te o meu amor por você. Certamente agora você vai dizer "Obrigado" e Boa Noite. Psiu... Está me ouvindo? Já dormiu? Que pena!
Quem sabe amanhã você se lembre de mim.

VOCAÇÃO CHAVE DA VIDA

Vocação é um tema que polariza a reflexão e a prática pastoral da Igre­ja Católica no Brasil durante o mês de agosto: "mês vocacional". As comunidades cristãs se envolvem de algum modo na Pastoral Vocacional com orações e reflexões. Principalmente os jovens. Ilu­mina-se ainda mais o sentido humanitário das profissões exercidas pêlos cristãos na sociedade. Isso já é uma inestimável contribuição à consciência social sobre o valor da vida como serviço aos irmãos.

Acredito que Vocação é outra palavra para se dizer: felicidade. Toda pessoa é vocacionada a ver assim a sua vida: descobrir como ser feliz nela. Na Bíblia vocacionar é chamar. Uma chamada à espera de respos­ta. Uma chamada nominal. O nome indivi­dualiza e distingue.


O nome torna alguém insubstituível como tal perante os outros. Fomos chamados e temos um nome. A primeira vocação é a existencial ou o chama­do a viver. É pessoal e
é comum. Eis aí o primeiro direito inalienável e irrevogável, a começar da concepção do feto no seio da mãe. Implica os demais direitos inerentes ao pleno desenvolvimento e à plena dignidade humana de qualquer pessoa: saúde, edu­cação, comunhão em todos os bens da cul­tura.

Toda pessoa é propensa a estar ciente do dom que é a sua vida. Percebe que precisa dar a ela um sentido único e pessoal. Descortina inúmeras possibilidades. Torna-se infinito o horizonte da existência terrena. A vida não é só a realidade física, bioló­gica e orgânica. Ë vida acolhida, pensada
e. produzida numa experiência pessoal irre­nunciável e irrepetível. É a descoberta de si no crescimento, nas tendências e habilida­des em servir. Ser útil. Por isso é triste ver alguém alienado, alheio, fechado em si e omisso quanto à responsabilidade em viver.

E em construir de modo racional o seu "ser vivente com os outros". Alienar-se é cair num estado vegetativo ou ilusório. Tantas serão as frustrações e ilusões quantas as fugas e omissões! Um poeta brasileiro definiu num só versinho o que é viver em ilusões:


"Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu/ Quem não sen­tiu o frio da desgraça/ Quem passou pela vida e não sofreu/ Foi espectro de homem não foi homem/ Só passou pela vida, não viveu" (Francisco Otaviano).


Outra fuga absurda é a revolta de quem diz "eu não pedi para nascer". A afirmação não é só ignorân­cia. Revela uma personalidade alienada, inconsciente do seu valor maior: a vida!


No íntimo do ser humano a vocação é resposta ao impulso interior, que faz alguém sair de si para se encontrar nos outros. Aí está, digamos assim, o DNA da sua felici­dade. Este é o caminho e é a aventura que nos realizam como pessoas. Não é coisa fácil nem "branca nuvem" nem a ilusão de: "a gente vai levando essa vida". Curtir pode ser moda. Mas é o gatilho que dispara o consumismo inconseqüente, além da preguiça institucionalizada.


A despreocupação com o amanhã ou com as dificuldades, apenas mascara a incompetência de lutar, de ser bom, de ser responsável. Enfim, de querer vencer! A propaganda seduz, mas não cria o sucesso. Ela tem um vício insanável: o di­nheiro antes de tudo! Este jamais será garan­tia de felicidade vocacional.


Em si mesma a vida é uma questão da fé!

QUERO SER UM TELEVISOR

A professora pediu aos alunos que fizessem uma redação subordinada ao tema:
O que gostaria que Deus fizesse por mim...

À noite, ao corrigir as redações, ela deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.

O marido, ao entrar em casa notando-a emocionada pergunta:

"O que aconteceu?"

Ela respondeu:

"Lê".

Era a redação de um menino.

"Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor.

Quero ocupar o lugar dele.

Viver como vive a TV da minha casa.

Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao meu redor...

Ser levado a sério quando falo...

Quero ser o centro das atenções e ser ouvido sem interrupções e sem perguntas.

Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.

Ter a companhia do meu pai quando chega a casa, mesmo que esteja cansado.

E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida.

E que os meus irmãos "briguem" para estar comigo.

Quero sentir que a minha família deixar tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.

E, por fim, que eu possa divertir todos.

Só quero viver o que vive qualquer televisor!"

Naquele momento, o marido de Ana Maria disse:

"Meu Deus, coitado desse menino. Que descuido o desses pais".

E ela responde-lhe:

"Essa redação é do nosso filho".

domingo, 26 de agosto de 2012

JOVEM-VIDA RELIGIOSA

www.mscs@uol.com.br
e-mail:vocacaomscs@uol.com.br

A vida religiosa  é, antes de tudo, uma iniciativa de Deus na vida do batizado. Na gratuidade o Senhor chama o ser humano a uma íntima comunhão com Ele, convidando-o a conformar sua vida à do Cristo sob a atração do Espírito. E esta consagração específica está a serviço do Reino, projeto fundamental da missão de Jesus.
A livre aceitação desta imerecida predileção de amor do Pai, leva a pessoa a um aprofundamento de sua consagração batismal. Assume, em liberdade, uma vida cristiforme mediante a vivência dos conselhos evangélicos. É dentro da comunidade da Igreja que essa consagração adquire seu pleno significado.
O carisma da vida religiosa consagrada é essencialmente eclesial, sendo no interior da Igreja sinal e memória, testemunho e profecia dos valores centrais do Evangelho e do Reino.
A vida consagrada, de fato, "é uma diaconia para o Reino, de caráter público, provocativo, comunitário, criativo, audacioso, arraigado na experiência contemplativa de Deus que plasmou a vida e o seu destino"¹.


2. Em busca de uma vida cristiforme

O consagrado aspira a uma vida em crescente conformação com Cristo. Procura assimilar cada vez mais o estilo de vida de Jesus no seu modo de ser e agir. Semelhante programa de vida é normativo para todos os batizados e não algo privativo de eleitos! O religioso consagrado - por pura graça divina - é convidado a aprofundar e radicalizar o comum seguimento do Senhor na realidade histórica de hoje.
A vida consagrada tem, na Igreja, "a missão de fazer com que resplandeça a forma de vida de Cristo, por meio do testemunho dos conselhos evangélicos, para sustento da fidelidade de todo o Corpo de Cristo"².

3. A comunhão pessoal com o Senhor

Se a vida religiosa brota de um projeto de amor do Pai, no seguimento de Jesus, pela força do Espírito Santo, ela exige, por coerência interna, uma comunhão contínua com o Senhor. Deve expressar a primazia de Deus, fonte de seu sentido e realização, pois o homem - no dizer de Santo Agostinho (+ 430) - está feito para Deus e vive inquieto até encontrar Nele a paz. Coloca-se para o religioso a exigência incontornável de alimentar-se de uma espiritualidade sólida e profunda.
"Podemos dizer que a vida espiritual, considerada como vida em Cristo, vida segundo o Espírito, se apresenta como um itinerário de crescente fidelidade, onde a pessoa consagrada é guiada pelo Espírito e por Ele configurada com Cristo, em plena comunhão de amor e de serviço na Igreja." (João Paulo II. A Vida Consagrada: exortação apostólica pós-sinodal sobre a Vida Consagrada e a sua missão na Igreja e no mundo (23-3-1996).
Trata-se de uma experiência de partilha de vida com o Senhor, de uma graça especial de intimidade com Ele. O próprio significado da vida religiosa e seu dinamismo interno dependem desse impulso espiritual, sem o qual ela se esvazia e descaracteriza. Abrange, substancialmente, uma fidelidade progressiva para responder à superabundância do amor divino na pessoa do religioso. Quem, de fato, entrega livremente sua própria vida a Cristo vive no desejo de se encontrar com Ele, para estar finalmente e para sempre com o Senhor!

4.  Escuta da Palavra e oração incessante


A Palavra de Deus é a primeira fonte da vida cristã. Sustenta na Igreja o relacionamento pessoal e comunitário com o Senhor. A renovada escuta da Palavra de Deus interpela, orienta e plasma a existência dos consagrados. É através dela que o Senhor se revela, e educa coração e inteligência do discípulo. Faz amadurecer igualmente a visão de fé, pois aprende-se a olhar a realidade e os acontecimentos com o mesmo olhar de Deus até chegar a ter o "pensamento de Cristo" (1Cor 2, 16). Um meio privilegiado que diariamente, nos coloca em contato íntimo com a Palavra de Deus é a celebração da eucaristia e seu prolongamento na Liturgia das Horas.
A eucaristia, como memorial pascal do Senhor, é o coração da vida da Igreja. Nela se encontram todas as formas de oração: "proclama-se e é acolhida a Palavra de Deus, somos interpelados a respeito de nossa relação com Deus, com os irmãos e com todos os homens: é o sacramento da filiação, da fraternidade e da missão. Sacramento da unidade com Cristo, a Eucaristia é contemporaneamente sacramento da unidade eclesial e da unidade da comunidade dos consagrados.
A Liturgia das Horas, por sua vez, insere nosso dia-a-dia no tempo de Deus e assim o "santifica" no sentido genuíno do termo. Para o religioso, a celebração da liturgia das horas deveria ser motivo de gratidão e alegria. Expressa seu mais profundo anseio: estar em comunhão permanente com o Senhor.
"Frequentemente, no entanto, a realidade é outra. Não poucas comunidades religiosas de vida apostólica perderam (ou nunca tiveram!) o gosto pelo Ofício Divino e caíram na apatia, no formalismo ou na rotina. É verdade que não devam ser minimalizadas as dificuldades em relação a esta oração da Igreja. Nota-se, muitas vezes, uma falta de formação, particularmente na jovem geração de consagrados, no que diz respeito à Liturgia das Horas". 
Não é segredo para ninguém que uma celebração significativa da oração pública da Igreja exige uma introdução catequética adequada. Garantida esta, a Liturgia das Horas pode tornar-se para os consagrados um verdadeiro "kairós", um tempo de graça, pelas riquezas espirituais e potencialidades orantes que representa.
Apresenta-se, igualmente, como uma expressão eloquente da vida comunitária na caridade fraterna pela qual os religiosos são chamados a serem sinais e testemunhas da Igreja.