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No terceiro domingo do mês de agosto, nós lembramos a vocação religiosa, isto é,
a vocação daqueles e daquelas que se consagraram, através dos votos religiosos,
a viver em comunidade, uma total consagração ao Senhor, segundo o carisma da
respectiva Ordem ou Congregação Religiosa.
Por uma coincidência, no Brasil, a
liturgia celebra neste terceiro domingo de agosto a Solenidade da Assunção de
Maria, que em outros países continua sendo celebrada no feriado do dia 15 de
agosto. Então, a nossa reflexão sobre a vocação religiosa se situa dentro de uma
celebração mariana, que comemora precisamente o dogma mais recente da Igreja,
proclamado em 1950, pelo Papa Pio XII, no qual ensina que Maria, a Mãe de Jesus,
só pode estar com o seu Filho amado, já na glória do céu, em corpo
glorioso.
Na verdade, podemos dizer que foi Maria a primeira a viver os votos
religiosos, já que ela de fato tinha pensado num casamento josefino, isto é,
“sem coabitarem”, como diz o Evangelho, sem a convivência conjugal, um
verdadeiro voto de castidade. Ela de fato se tornou mãe, a partir da intervenção
direta de Deus, que a escolheu para ser a mãe do Salvador, que viria ao mundo
precisamente, para superar o abismo aberto pelo pecado e que se tornou a ponte
que une a humanidade com Deus.
Maria, esta mulher extraordinária, instrumento
indispensável para a vinda do Salvador do mundo, aparece na primeira leitura
deste domingo como “o grande sinal que apareceu no céu: uma mulher vestida de
sol, com a lua debaixo de seus pés” (Apoc 12, 1).
De forma análoga, podemos
dizer que os religiosos que, de fato vivem a sua consagração a Deus, com alegria
e disponibilidade para a causa do Reino, são realmente um sinal na terra, que
aponta para o infinito e para o transcendente.
Nós vivemos num mundo de
consumo e de competição, onde vale o que se tem e o que se consegue aparentar,
onde o próprio ser humano se torna objeto de conquista e de ostentação, falar em
“voto de pobreza, castidade e obediência” é realmente fazer referência a uma
realidade que aponta para a outra vida.
O nosso mundo não tem condições de
compreender a alegria e a realização de uma mulher que está no convento e vive
atrás de grades, por livre e espontânea vontade, unicamente para agradar ao
Senhor, o noivo permanente de suas vidas e poder rezar pela Igreja e por sua
obra de santificação no mundo inteiro.
O nosso mundo não consegue compreender
um jovem que, aos vinte e poucos anos, faz a oferta de si mesmo à causa do
Senhor, vivendo dentro de um Instituto Religioso, onde ele vai poder ser útil à
Igreja e à causa da evangelização. Mais tarde, poderá ser ordenado sacerdote, e
ser enviado a um país distante, onde trabalhará pelo Reino de Deus, enquanto os
seus superiores assim o determinarem.
O nosso mundo tem dificuldades em
compreender que uma pessoa estude quase vinte anos, para ser um profissional
competente, nas mais diferentes áreas do ensino ou da pesquisa, para depois não
ter carteira assinada, não ter seus próprios lucros ou ganhos, não ter sua
própria poupança e economia. O voto de pobreza o faz dependente e submisso, não
tendo nada pessoalmente, mas tudo está em nome da Ordem ou
Congregação.
Graças a Deus, temos muitas vocações religiosas. Especialmente
os novos Institutos, fundados no século XX, estão tendo muitas vocações, suas
casas e seminários repletos de candidatos à vida religiosa. Rezemos para que
todos eles sejam muito felizes.
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