vocação à vida consagrada (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou contemplativa)
O religioso é chamado a testemunhar Cristo de
uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de
pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos
bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e
para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo
sinal do mundo l futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a
Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.
Textos bíblicos
Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7
Leia este
Jesus
convida a segui-lo, cada um da própria situação em que se encontra.
Vinde comigo (Mc 1,17). Pede confiança nele (Mc 2,14). Confiança plena
em sua pessoa e não a uma causa. A resposta obediente deve ser vivida no
abandono do lugar do trabalho, do status, da casa, da família. Não se
trata só de adesão interna, mas de unir-se a ele em seu projeto de vida.
Chama Doze para estarem com ele e para enviá-los a pregar. O centro da
eleição é para que estivessem com ele. Não é pura adesão intelectual,
mas adesão ao seu modo de viver. Os discípulos prolongam a presença e a
obra de Jesus.
A escolha
de um estado de vida na Igreja é a encarnação concreta da vocação
fundamental.Deus chama através de mediações, não se trata de uma vocação
nova, mas o desenvolvimento da vocação fundamental. O chamado é algo
original.
2. O motivo da vocação particular:
Cada
vocação é original, é fruto da liberdade, é um acontecimento pessoal,
único e incomunicável. Tem como finalidade primeira a humanização da
pessoa e o serviço do Reino. Quando uma pessoa se diz chamada é preciso
acreditar nela. A experiência vocacional é pessoal, pode acontecer mesmo
em quem não se espera.
A certeza
não vem de imediato, a vocação está submetida a tentações e inquietudes.
Uma pessoa pode se sentir atraída por um sistema de valores, mas isto
não quer dizer que não se sinta atraído por outros valores. Existe a
dúvida.
A eleição é
dolorosa, a escolha custa: ser padre; religioso(a); casar. Dói rejeitar
aquilo que não escolhi. Não porque não é bom, mas, porque eu não
escolhi.
A entrega a
um valor envolve um sacrifício. SACRIFÍCIO E SEDUÇÃO. Sacrifício:
deixar para trás tudo aquilo que eu não escolhi. Sedução: atração
divina.
A pessoa é
convidada a escutar e receber, colaborar com docilidade. Iniciar-se em
Cristo é descobrí-lo, é deixar que ele nos encontre, nos agarre
incondicionalmente, é recebê-lo. É um estado de permanente conversão. A
pessoa é como ovelha extraviada, dracma perdida, filho fugido (Lc 15)
que entrega nas mãos do Pai e se deixa encontrar qual tesouro no campo
ou pérola preciosa. Vai vende tudo, renuncia sua vida e recebe um novo
ser. É sair de si mesmo, distanciar-se daquilo que até agora era
segurança, o bem estar, o poder, o consumo e, ao mesmo tempo, é entrega
total e incondicional a Cristo.
3. As várias Vocações -
3.1 Vocação leiga
(A identidade de vocação laical na Igreja)
O carisma
da vocação laical ocupa um lugar central na Igreja, define a Igreja para
o mundo. Outra vocações não têm essa centralidade. Através desse
carisma a Igreja se faz presente no mundo.
O mundo e
não a Igreja é a meta dos caminhos de Deus. A Igreja precisa se abrir
para o mundo, por isso precisa de leigos. O leigo tem carisma e função
para libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus
Cristo. Fazer com que o mundo tenha autonomia. O leigo tem a missão de
fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja
representa (Reino de Deus).
A vocação
laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. Ela ocupa
um lugar central na Igreja, define a igreja para o mundo. O fiel cristão
leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos
ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana.
Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira
individual ou
num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo.
Na vocação
laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser
mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a
constituir a Igreja doméstica. É a expressão visível do amor de Cristo
pela sua igreja, sacramento de Cristo. É na família que é possível
expressar as mais variadas formas de amor.
Amor
conjugal: é na entrega mútua, no relacionamento fecundo e construtivo
que esposa e esposo desenvolvem sua potencialidade e se realizam
plenamente como pessoa.
Amor
paternal e maternal: agradecidos a Deus pela continuidade do seu amor
que se encarna no dom dos filhos, os pais retribuem esta dádiva amando,
protegendo e educando seus filhos para se integrarem na comunidade e na
sociedade.
Amor
filial: é como se fosse uma ação de graças, isto é, devolver aos pais a
graça da vida que um dia lhe deram. Os filhos desenvolvem um amor aos
pais como gratidão por tudo que lhes concederam.
Amor
fraternal: é o amor entre os irmãos e a experiência do amor oblativo e
caritativo, sair do seu convívio familiar, perceber que há um círculo
maior de pessoas e começar a compreender que somos todos irmãos. É aí
que se desenvolve a sensibilidade aos problemas do mundo.
Além de
constituir família, a grande missão da maioria dos leigos, sabemos que
eles têm um importante papel na transformação da sociedade. Vejamos
algumas de suas principais características: estar inserido no meios da
sociedade como fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os
difíceis caminhos.
Colocar em
prática as possibilidades cristãs escondidas no meio do mundo. Valorizar
os sinais do reino presentes de maneira latente no meio da sociedade e –
combater as tantas forças do anti-reino, ou seja, forças que promovem a
injustiça e a morte.
Ser sinais
visíveis de Jesus Cristo na família, no trabalho, na política, na
economia, na educação, na saúde pública, nos Meios de Comunicação
Social, nos órgãos públicos, nos esportes, no serviço liberal e em
tantos outros espaços no meio da sociedade.
Praticar a sua fé e seu amor a Deus em todos os lugares e em quaisquer necessidades.
Participar com fidelidade e criatividade na construção de um mundo novo.
Os cristãos
leigos vivem o Evangelho que lêem, que rezam e que celebram, não apenas
entre paredes de uma igreja, mas em todos os lugares. São aqueles que
fazem do seu trabalho a liturgia diária e prolongam a Missa Dominical em
todos os dias da semana.
s textos com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida.
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